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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

CARTA RESPOSTA

Ao
Senhor Rubens Saraceni


Eu vos saúdo com o respeito que todos devem receber.

Hoje é com muito pesar que empunho essa caneta para escrever-lhe, mas também para mim representa um grande avanço, pois já faz alguns séculos que abandonei a espada. Mas uma coisa o caminho guerreiro me ensinou a ser honrado e leal.

Mas chega de delongas...

Hoje, ao ler o seu texto “Quem surgiu primeiro?A Umbanda ou os Guias Espirituais?“, fui levado a relembrar minha trajetória nesta vida de umbandista. Quantas coisas eu vi, boas e ruins... Quantas pessoas eu conheci, boas e ruins... Quantos Terreiros eu freqüentei, bons e ruins... Quantos livros umbandistas eu li, bons e ruins.

Durante esses anos presenciei sua guerra particular com outra “facção umbandista” e dela pude tirar minhas próprias conclusões e sinceramente não me vem nada na mente além de ridícula.

Pois bem, mas o que isto tem a ver com o texto? Tudo! Pois Vossa Senhoria perdeu as estribeiras e resolveu atacar de forma rasteira a memória de W. W. da Matta e Silva, Mestre Espiritual Umbandista, Pai de família, Avô, Amigo de seus Amigos, o qual tem no Brasil inteiro adeptos da doutrina que revelou para seus filhos de Santé e em suas obras.

Vossa Senhoria que se apresenta como um Mestre, mais do que ninguém sabe, ou deveria saber, que antes de jogar pedra no telhado do outro (neste caso na lápide), Vossa Senhoria deveria cobrir o seu.

Argumentar sobre os temas tratados em seu texto acho desnecessário, pois a sua interpretação dos livros de Matta e Silva são tendenciosas e maliciosas, digna dos nossos irmãos evangélicos que usaram da Umbanda como trampolim, caluniando nossa religião e nossas Entidades.

O que isso demonstra é que Matta e Silva, mesmo lá de Aruanda continua a estremecer os vilipendiadores da Umbanda, e que sua missão foi cumprida, pois os aproveitadores do santo continuam sentindo sua força de pemba.

“ É força de pemba... é lei
  Se errou... se extraviou
  Ninguém pode dá caminho
  Ninguém pode dá malei...
  Só quem pode dá malei
  É preto-véio de seu conga...
  Assim mesmo é preciso
  Que se endireite e volte cá...”

Senhor Rubens, em nome da Velha Tradição de nossos Ancestrais milenares, Guardiões dos Sagrados Mistérios, pelos Veneráveis Mestres da Umbanda Esotérica, encarnados e desencarnados, Iniciados nos Mistérios Maiores e Iniciados nos Mistérios Menores, meus Irmãos de Raiz, nós ti declaramos um DESCONHECIDO, pois um Iniciado reconhece o outro não importa onde manifeste sua espiritualidade.

- NÓS NÃO TE RECONHECEMOS!

Diferente de outros que no silêncio de seu conga humilde, no banquinho de um preto-velho com um galhinho de arruda na mão carrega toda a valência de sua Iniciação.

Mas por favor, respeitabilíssimo Sr., não se ofenda, apenas quis lhe ser gentil, pois estou lhe dando o direito de estar presente para ler minhas pequenas palavras, gentileza essa que Vossa Senhoria talvez desconheça, pois não pensou duas vezes para atacar um Irmão seu (desencarnado), que lutou pelo bom nome da Umbanda, pelos Orixás e pelos seus sinceros filhos, cujo desencarne passam décadas.

Que estupenda nobreza espiritual!

Usar do nome das entidades para manifestar seus desejos mais soturnos, dizendo que Matta e Silva está no baixo astral.

Que senso de justiça e misericórdia!

Que demonstração linda de amor ao próximo!

Quer uma iniciação verdadeira?

Aprenda a amar.

Aí talvez o Guardião lhe abra a 1ª porta da iniciação.

Nós te amamos mesmo assim Rubens Saraceni, pois o ódio, a maledicência, a covardia espiritual, são defeitos de um PROFANO.

Se tens coragem e não teme a democracia, publique essa mensagem no Jornal Nacional da Umbanda, no Jornal de Umbanda Sagrada e encaminhe a todos de sua infinita lista de seguidores.

Nunca é tarde para corrigir-se.

“Na ladera de pilá
  É ...tombadô...
  Bota fogo ni sapê
  Pra nacê ôta fulo...”

Um abraço fraterno de alguém que lhe quer bem.

J. Rogério


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

UM POUCO DE PITÁGORAS

Assim disse a Pitonisa:

- Eis o filho de Apolo, aquele cuja sabedoria iluminará o caminho dos homens...

PITÁGORAS

- Na Grécia, iniciado na Luz de Orpheu;

- No Egito,  de iniciado passou a iniciador, de discípulo para mestre, de sacerdote passou a hierofante;

- Dario, chefiando um exército invade e conquista o Egito fazendo milhares de escravos dentre eles Pitágoras. Mas como tinha uma grande fama, foi reconhecido por Dario que o libertou e concedeu-lhe a liberdade e convidou-o como hóspede e professor. Então na Babilônia conheceu e participou dos Mistérios Caldeus e do Colégio dos Magos da Pérsia;

- Escreveu o livro "Discurso Sagrado", comparando os deuses gregos, egípcios e caldeus, concluindo que todos sob nomes diferentes expressam a mesma Verdade Universal;

- Na Índia adquire outros conhecimentos, e é lá que conhece o Buda Sakya Muni, que lhe deu o último conselho antes de Pitágoras partir para sua terra:

"Lembra-te, ó Sâmio, que o homem só é senhor daquilo que pode dispensar, daquilo que não pode é escravo".

- Na sua volta à Grécia foi chamado de sábio (sophos, em grego), ao que respondia "não sou sophos, mas apenas Amigo (philo, em grego) da sabedoria.

Daí surge o termo filósofo.

- Pitágoras funda a Escola de Krotona, também conhecida como "Escola Itálica". Durante a construção dessa Escola Iniciática que Pitágoras compôs os "Versos Dourados" que são a síntese de seus ensinamentos.
Durante os 40 anos de existência dessa Escola não houve um dia sequer em que esses versos não fossem recitados, ao nascer do sol, por seus discípulos.

Os Versos Dourados dividiam os 4 Graus da Iniciação:

1º - Preparação - Akusmatiki

2º - Purificação - Mathematiki

3º - Perfeição - Sebastikoi

4º - Epifania  - Hierofante

VERSOS DOURADOS

1º GRAU

- Reverencia os Deuses Imortais com o Culto Sagrado, conservando puro o teu coração e defendendo tuas crenças.
  Não percas a fé nos sábios, santos e heróis.

2º GRAU

- Seja bom filho e bom pai, solícito irmão e amoroso esposo.
  Escolha, como amigos, aqueles que possuam virtudes,
  deles te aproxima e com eles conviva, escutando-lhes os conselhos...
  E, se teu amigo, ao te aconselhar um dia for muito rigoroso, perdoa-o, porque a emoção, às vezes,
  domina a razão...
  e dominar as paixões, subjugá-las e vencê-las, é dom que deves querer alcançar.

  Seja casto, sereno e ativo...
  Que nunca a cólera te domine, nem o mal em ti prevaleça.
  Sozinho, ou em público, mantenha iguais atitudes, tributando, a ti mesmo, o devido respeito.
  Seja, no falar no agir, justo e prudente.

  Ame a vida, mas lembra-te da morte, sem jamais esquecer que as honrarias, fáceis de adquirir,
  são, também, fáceis de perder
  Dos dissabores que o destino traz não reclames nem blasfemes...
  suporta-os com serenidade e nos Deuses confia,
  pois assim agindo, aos Deuses agradarás.
  Tanto a Verdade como o Erro tem os seus admiradores e seguidores...
  e quando o Erro avança e domina,  o Sábio recua... e vela.

  O Sábio adverte com rigor ou aconselha com amor.
  Assim, grava em teu coração as palavras que proferes.
  Não tenhas preconceito algum, e no entanto, analisa bem os atos alheios ao mesmo tempo
  em que julgas os teus, porque ambos são falíveis e revestem-se de erros.
  Só o insensato fala sem pensar, só a ele é dado agir sem calcular.

  Contempla no presente o passado e o futuro.
  Faze apenas aquilo que souberes, instrui-te sem pressa para bem aprender
  porque a sabedoria nasce do tempo e do empenho.

  Cuida da tua saúde, que é precioso tesouro, dando a teu corpo o alimento e à tua alma repouso.
  Seja moderado em tudo, lembrando-te que  excesso prejudica mais que a falta.
  Afasta os extremos do luxo e da avareza pois é no meio que reside o bem.

  3º GRAU

  Desperta assim que o Sol levantar e, na calma do alvorecer, pensa no que farás. 
  E à noite não te deites sem antes refletir:
  - Hoje, o que foi que eu fiz?
  - Fiz o bem? ... devo então continuar.
  - O mal eu fiz?... é necessário parar.
  Siga sempre este conselho,
  medita no que ele lhe diz...
  Se o fizeres, eu juro, serás virtuoso e feliz.
  Juro, também, pela Tetráktis Sagrada e por Aquele que a concebeu:
  invocando ardentemente os Deuses, d'eles receberás as bênçãos que, desviando-te dos erros,
  te darão paz, acompanhando o êxito de tuas ações.
  Assim, buscando a essência da Verdade, conhecerás, de tudo, o princípio, o meio e o fim.

  Verás... o céu e a terra te mostrãrão, que o que está acima assemelha-se ao de baixo.
  Conhecendo-te a ti mesmo, e por ti mesmo, sendo senhor de teus atos, serás
  senhor de tuas paixões e de teus desejos.

  Os frutos que hoje colhes são aqueles que outrora plantastes.
  É em tua alma, e além de ti que deves buscar a causa,
  Porque a felicidade, que tanto procuras, vive apartada da má conduta,
  da mesquinhez e da cobiça que cega e desorienta os homens, fazendo-os esquecer-se da divina origem.

  Brilhe em tua fronte a luz da inteligência, distinguindo o bem e o mal.
  Observa as leis na própria natureza, e se assim o fizeres, cumprindo as minhas leis, o Portal da Sabedoria,
  um dia, alcançarás.

4º GRAU

  Evita o apego que perturba a mente, cultiva o raciocínio, a paixão o domina,
  e então, transpondo da sabedoria o portal, mesmo entre os imortais, serás um Deus.

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Estes foram o Versos Dourados de Pitágoras, que mesmo depois de tantos séculos, são diretrizes para as Escolas Iniciáticas de hoje.

Lembrando que a Umbanda Esotérica, em sua aparente simplicidade  carrega a Tradição desses Velhos e Amados Patriarcas.

Uma pergunta...

Você meu Irmão de Fé SABE COM TODA CERTEZA quem realmente são as Entidades que se manifestam através de sua mediunidade?

Lembre-se que a Umbanda é a Senhora dos 7 Véus, quantos deles já cairam para seus olhos?

Enquanto isso... O """Preto-Velho""" canta:

"Meu Congá tem guiné, pode pegar quem quiser,
 meu Congá tem mironga,  só pega quem puder..."

Salve os Senhores e Senhoras do Aumbhandan!!!

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Referência bibliográfica:

CONTE, Carlos Brasílio, Pitágoras, Ciência e Magia na Antiga Grécia, ed. Madras.


 

sábado, 5 de novembro de 2011

MANTRA E PONTO CANTADO




ANTES DE LER O TEXTO, POR FAVOR, VEJA, OUÇA E SINTA O VÍDEO ACIMA. DEPOIS LEIA O TEXTO E MEDITE PROFUNDAMENTE, NA SEQUÊNCIA OUÇA UM PONTO DE RAIZ CANTADO PELO GRÃO MESTRE W. W. DA MATTA E SILVA E POR FIM ALEGRE-SE COM O VÍDEO ABAIXO.

O mantra cantado por essa dupla maravilhosa chama-se Gayatri Mantra, cuja letra é:
"OM BHUR BHUVAH SWAHA
 TAT SAVITUR VARENYAM
 BHARGO DEVASYA DHIMAHI
 DHIYO YONAH PRACHODAYAT"

SIGNIFICADO:
"Ó DEUS DA VIDA QUE TRAZ FELICIDADE
 DÁ-NOS TUA LUZ QUE DESTRÓI PECADOS
 QUE A TUA DIVINDADE NOS PENETRE
 E POSSA INSPIRAR NOSSA MENTE"

Você pode estar se perguntando, mas o que um mantra indiano tem a ver com a Umbanda, onde se cantam pontos cantados. Eis a questão meu Irmão (ã), na Umbanda Esotérica temos a consciência que a Umbanda, os Orixás, as Entidades espirituais estão além, mas muito além, de onde nossa vã compreensão alcança.

A Umbanda, segundo W.W. da Matta e Silva, "...é a Lei Máter", "...é a Religião Original", o próprio Elo Vivente revelado pelo Verbo Criador que os Sacerdotes e Iniciados das antigas Escolas, em parte ocultaram, e em parte ensinaram, perdendo-se depois no emaranhado das ambições e perseguições, confundindo-se, em ramificações, as poucas verdades que se conservam ainda, através de vários setores, ditos espiritualistas, filosóficos e religiosos.

É ainda " ...a Ciência Mãe"...

A Umbanda é um termo místico, litúrgico, sagrado, vibrado, cuja origem se encontra naquele alfabeto primitivo de que os Brahmas desconheciam a essência, mas que está dentro da própria Kaballa (o mais oculto, o mais secreto), a que deram o nome de Aryano, Adâmico ou Vatan e deve ter vindo da pura Raça Vermelha... (Matta e Silva, Umbanda de Todos Nós, pág. 63,64, ed.Icone)

Voltando a palavra Mantra, um dos seus significados vem do sânscrito (MAN=mente, TRA=alavanca). Originaram do hinduísmo, mas são usados no budismo, jainismo... (Wikipedia).

Mantras e nossos Pontos Cantados, tem a mesma finalidade de fazer o praticante elevar sua consciência e alcançar esferas superiores, fazendo a re-união (yoga) do eu inferior com o eu superior.

Ou basicamente, como preferirem, preparar o praticante para que ele possa ligar-se aos Mestres Espirituais em exercício mediúnico, para auxiliar os irmãos da Assistência.

Depende de onde você olha...

Como disse o Mestre Espiritual Caboclo Mirim incorporado em seu médium, "Umbanda é coisa séria para gente séria".

Para encerrar um vídeo para a alegria de qualquer Umbandista.



quinta-feira, 6 de outubro de 2011

AS SETE POTÊNCIAS ESPIRITUAIS

POR "PEQUENA DISCÍPULA DA RAIZ DE GUINÉ"

As emanações oriundas do Divino, desde as dimensões imateriais sem forma, até os mundos manifestados na forma (astral, etérica e física) são expressas por altas Vibrações Cósmicas, cuja atuação se faz através de Sete Potências Espirituais.

Essas Sete Potências, dentro do conceito da Umbanda são os Sete Orixás: Orixalá, Ogum, Oxossi, Xangô, Yemanjá, Yori e Yorima.

Sete são as Linhas da Lei de Umbanda, porque o 7 é o número sagrado de todos os símbolos, é o número de “expansão e centralização” da UNIDADE. É composto do ternário e do quartenário e dessa reunião sai as Variantes da Unidade e constitui o Sagrado Setenário.

Os Orixás atuam em Faixas de Freqüência Vibratória ou Linhas, que se interpenetram e estendem essas Faixas Vibratórias sobre todos os seres, carnados e desencarnados, por afinidade. Portanto, Linha significa a Faixa de Freqüência Vibratória em que estão situadas as Entidades e todas as criaturas humanas, dentro da lei de afinidade.

ORIXALÁ
Essa Faixa Vibratória representa o Principio que atua e regula o Eterno Masculino de todas as coisas.

Estas Entidades são espíritos luminares em missão, dentro da corrente Astral de Umbanda. Muitos são magos e foram altos sacerdotes ou iniciados dos antigos Templos Orientais etc. Essa característica dá margem ao entendimento errôneo de que exista na Umbanda uma Linha do Oriente.

Seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo, dificilmente escutados hoje em dia. É muito raro assumirem uma "chefia de cabeça" e quase nunca uma função auxiliar efetiva.


YEMANJÁ
Yemanjá é a mãe do Principio úmido das águas que atua na Natureza das coisas, isto é, a Divindade da Fecundação, da Gestação ou do Eterno Feminino.

Nessa Faixa Vibratória estão situados todos os espíritos que se apresentam na Umbanda sob a forma de Caboclas. Na adaptação popular dos terreiros diz-se como Linha do Povo do Mar, Povo das águas, Linha de Nossa Senhora da Conceição, etc.

Suas preces cantadas ou pontos têm ritmo triste, referindo-se sempre ao mar e Orixás da dita Vibração.

YORI
Essa Vibração representa o Princípio em ação na Humanidade, é o Princípio que controla a Lei da Reencarnação.

Nessa Faixa Vibratória estão situados todos os espíritos que se apresentam na Umbanda sob a Roupagem Fluídica de Crianças. Na adaptação popular dos terreiros diz-se como linha dos Ibeijadas, de Cosme e Damião, dos Curumins, dos Ibejis, dos Dois-dois, dos Mabaças, etc.

Suas preces cantadas falam muito em papai e mamãe do céu e em mantos sagrados. Algumas destas melodias são alegres, outras tristes.

XANGÔ
Vibração de Xangô, que significa o Senhor da Lei ou da Balança Cármica, isto é, aquele que coordena toda Lei karmânica; o Dirigente das Almas, que afere nosso estado espiritual, que pesa os méritos e os deméritos das criaturas a fim de aplicar a Justiça, o Senhor da Balança Universal.

Nessa Faixa Vibratória estão situados todos os espíritos que se apresentam na Umbanda sob a forma de Caboclos. Na adaptação popular dos terreiros diz-se como Linha do Povo da Cachoeira, Linha de São Jerônimo, etc.

Seus pontos cantados são sérias invocações, de imagens fortes e podem ser cantados em vozes baixas.

OGUM
Ogum significa O Fogo da Salvação, isto é, o Mediador, o Controlador dos Choques Cármicos. Considerado como o Orixá das Demandas, das Lutas e das Aflições diversas. No sentido místico é a Divindade que protege os guerreiros.

É a Vibração sob a qual estão situados todos os Espíritos que controlam os choques conseqüentes da execução cármica, como cobranças e reajustes da Lei, dentro de seus efeitos. É a Faixa que atende nas demandas da Fé, das Aflições, das Lutas Morais, etc.

Nessa Faixa Vibratória estão situados todos os espíritos que se apresentam na Umbanda sob a forma de Caboclos. Na adaptação popular dos terreiros diz-se como Linha de São Jorge.

Suas preces cantadas ou pontos traduzem invocações para a luta da fé, demandas, etc.

OXOSSI
Essa Vibração significa Ação Envolvente sobre os Viventes da Terra, ou ainda, o Caçador de Almas. O Orixá Oxossi comanda a Vibração que influencia no misticismo das almas e assiste nos males físicos e psíquicos das criaturas.

Esta faixa vibratória espiritual usa muito o prana dos elementos vegetais, na terapêutica oculta.

É a Linha de Força Espiritual sob a qual estão situados todos os Espíritos que se encarregam, particularmente (dentre outros afazeres) da ação doutrinária ou de catequese.

Nessa Faixa estão situados todos os espíritos que se apresentam na Umbanda sob a forma de Caboclos e Caboclas. Na adaptação popular dos terreiros diz-se como Linha de S.Sebastião, dos Caboclos da mata, Linha da Jurema, etc.

Suas preces cantadas traduzem beleza nas imagens e na música: são invocações, geralmente tristes, às forças da Espiritualidade e da Natureza.


YORIMÁ
A Linha ou Vibração de Yorimá, significa Potencia ou Ordem Iluminada da Lei. Essa é a linha ou a faixa afim sob a qual estão situados todos os Espíritos que podem exercer uma ação geral sobre os encarnados.

É a Faixa Vibratória que congrega os mestres da magia, da terapêutica natural e oculta. Senhores do cabalismo, são, por excelência os consultadores dos terreiros, os mestres da Magia em fundamentos e ensinamentos, os Senhores da Experiência, adquirida através de seculares encarnações.

Composta dos primeiros Espíritos que foram ordenados a combater o mal em todas as suas manifestações. São os Orixás velhos, verdadeiros Magos, que velando suas formas kármicas, revestem-se das roupagens de Pretos-Velhos, distribuindo e ensinando as verdadeiras mirongas, sem deturpações.

Nessa Faixa Vibratória estão situados todos os espíritos que se apresentam na Umbanda sob a Roupagem Fluídica de Pretos e Pretas Velhas. Na adaptação popular dos terreiros diz-se como Linha dos Pretos-Velhos, Linha de São Cipriano, Linha dos Cacarucaio e até como Linha das Almas.

Os pontos cantados são os mais tristonhos entre todos e revelam um ritmo compassado, dolente, melancólico; traduzem verdadeiras preces de humildade.

domingo, 4 de setembro de 2011

ONTEM OS CLARINS DA ARUANDA SOARAM MAIS ALTO

Muitas vezes temos sonhos coloridos, com muita beleza e alegria, onde a tristeza parece ser desconhecida, mas ao voltarmos à realidade percebemos que as cores não estão tão belas, que tudo está muito feio e triste.

Só que ontem 03/09/11, pude sonhar acordado, e ver que a Umbanda está esplêndida e seus Congás continuam iluminados e, perceber que a nossa união depende apenas de nós mesmos, pois no Astral tudo está unido como sempre esteve.

Um encontro umbandista, patrocinado pela Irmã e Sacerdotisa Graça e pelo Irmão e Sacerdote Luiz, em seu Templo da Raiz de Pai Guiné de Angola, onde a harmonia e a beleza, inicia desde a porta de entrada, passando pelo jardim e herbário, que são de uma simetria equilibrante, que nos remete aos antigos Templos Gregos, me fazendo até imaginar os iniciados pitagóricos por ali andando e discutindo os mistérios entre os céus e a terra.

A outra beleza, não menos vultuosa, foi a dos Irmãos do Templo da Confraria da Senhora da Luz Velada do Caboclo Sr. Oriaguaçu, orquestrada pelo Irmão e Sacerdote umbandista Davilson, que levou sua egrégora contagiante para juntar-se nas areias de Guiné aos Irmãos do Templo do Sr. Arranca-Toco, e sobre a regência do Rouxinol do Templo, O Pai Luiz, fizeram um Ritual de profunda beleza espiritual que com certeza ficará escrito em letras de fogo no Astral como uma bela lição para os irmãos umbandistas.

E este que vos escreve, um discípulo de Mestre Aramirim, testemunhei e fico feliz por ter participado deste emocionante encontro.

"ONTEM OS CLARINS DE ARUANDA SOARAM MAIS ALTO"

MEUS IRMÃOS UMBANDISTAS, POR FAVOR, "O U Ç A M".

FRATERNALMENTE



quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O TRIÂNGULO DAS FORMAS


O triangulo das formas representa os três aspectos em que a Lei da Umbanda trabalha no Universo Astral ou no mundo da forma. As Sete Linhas se exteriorizam através das TRÊS FORMAS ordenadas pela Lei.

CRIANÇA (YORI)
Simboliza: Pureza, que nega o vício, o egoísmo e a ambição
Traduz: O Princípio ou Nascer

CABOCLOS (OXALÁ, OGUM, OXOSSI, XANGÔ, YEMANJÁ)
Simboliza: Simplicidade, que é o oposto da vaidade, do luxo e da ostentação
Traduz: O Meio ou a Plenitude da Força

PAIS VELHOS (YORIMÁ)
Simboliza: Humildade, que encerra os Princípios do amor, do sacrificial, e da paciência, ou seja, a negação do poder temporal
Traduz: Velhice ou Descanso, a consciência em calma, o abandono das atrações materiais, o esquecimento do ilusório para o começo da realidade.


CONTRIBUIÇÃO DA IRMÃ "PEQUENA DISCÍPULA DA RAIZ DE GUINÉ"

domingo, 31 de julho de 2011

MEDIUNIDADE, UM INSTRUMENTO DE AMOR

“...bem aventurados aqueles que se entregam ao serviço do bem, como a semente humilde na obscuridade da terra. O Pai enriquece-lhes as mãos de alegrias e bênçãos, como enriquece os ramos verdes das árvores de flores e frutos.” (1)

“Consagraste o coração ao ministério bendito com Jesus e esperamos que os espinhos da senda produzam flores para a tua fé renovadora e vibrante e que as pedras da estrada se convertam, ao toque de tua compreensão e de tua boa vontade, em sublime pão do espírito.

Em verdade , a sementeira e a seara são infinitas. Cada setor reclama mil braços e cada leira exige devotamento e vigilância; entretanto, um discípulo somente, que se afeiçoe ao Mestre, pode realizar os milagres do amor e da caridade por onde passe, acordando corações para o serviço redentor.

Não nos cansemos, pois, na dedicação com que nos devotamos ao apostolado da renunciação.” (2) - BEZERRA DE MENEZES
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Breves trechos da Obra de Matta e Silva falando de mediunidade:

“Pai Guiné: ... A mediunidade é uma dupla condição especial, dada ou facultada ao espírito que vai encarnar (sob a forma masculina ou feminina), antes e durante a gestação, e nunca depois. Só se revela aquilo que já trazia em si. E essa mediunidade ou faculdade, posso definir como um selo mediúnico, conferido ou impresso em bem poucas criaturas...” (3)

“Pai Guiné: ... a mediunidade não deve ser encarada como uma graça súbita, que o indivíduo recebe, manifestando-se sobre seu espírito e seu organismo, sem que estes tenham sido “manipulados” antes, nas condições morais energéticas, para receber um acréscimo de fluidos vitais e apropriados à manifestação da dita mediunidade...” (4)

“ ...ser um médium de Umbanda, isto é, veículo dos espíritos de caboclos, pretos-velhos e outros de dentro da faixa, é uma condição excepcional, por ser, por sua vez, conseqüência de uma escolha especial, feita no plano astral antes mesmo de o espírito encarnar...
E essa escolha especial é feita de acordo com vários fatores de ordem astromagnética (isto e, de um processo apropriado sobre o corpo astral do ser que vai levar a faculdade mediúnica) ou energética e por uma seriação de ligações morais-espirituais, envolvendo também determinadas aquisições, débitos e inclinações; enfim, por um conjunto de ligações cármicas-afins com essa citada Corrente de Umbanda, quer no plano superior, quer no médio e no inferior, dos desencarnados e dos encarnados...

Porque uma criatura pode ser médium, seja lá de que modalidade for, inclusive, é claro, de incorporação, de outras correntes ou setores, porém, esse dom não a condiciona a se transformar num veículo próprio dos espíritos de caboclos e pretos-velhos, crianças e muito menos de exu... espíritos esses que têm por função mediúnica exclusiva militar na Corrente de Umbanda e sobre aparelhos pré escolhidos, desde quando desencarnados...
...o mediunato mesmo, isto é, a missão providencial, especial, com ordens e direitos de trabalho mágicos ou de magia dentro da Umbanda, só é conferido a médium do sexo masculino...
...Porque somente o médium masculino tem condições vibratórias para operar na Magia, em face dos elementos de ligação e de força que os espíritos de caboclos, pretos-velhos, exus e outros põem em ação, através de sua mediunidade, tendo em vista os inevitáveis entrechoques do astral inferior, que esse mesmo médium foi preparado para enfrentar, devido à sua própria natureza vibratória de elemento masculino...

Todavia, com isso não queremos dizer que, ao elemento feminino tenha sido negada a condição de ser médium de Umbanda dos caboclos, pretos-velhos ...
A condição de ser também veículo dos espíritos de caboclos, pretos-velhos e outros a ela foi dada, porém como auxiliar, nunca na posição especial de comando vibratório igual ao do homem, em face das injunções de sua própria natureza feminina, sujeita, muito mais, à vaidade, à versatilidade, à excessiva imaginação, sobretudo passiva de sua vibração em relação com o fluxo mensal e à influência da Lua.
Os verdadeiros médiuns da Corrente Astral de Umbanda, que foram surgindo desde que ela iniciou seu movimento propriamente dito sobre o Brasil e por dentro dos cultos afro-brasileiros, tem que ser, forçosamente, enquadrados nestas três categorias: A) os de carma probatório ou de simples função mediúnica-auxiliar; B) os de carma evolutivo ou dentro do mediunato, ou seja, de uma missão providencial, salvadora; C) os de carma missionário ou dentro do duplo aspecto – o do mediunato e do grau de médium magista...
...Na categoria A pode-se enquadrar a maioria dos médiuns que surgiram até o momento.” (5)

continua numa próxima publicação...

Para finalizar...

Mensagem do Caboclo 7 Flechas ao médium Itaçuan (Wilson), livro “Umbanda é Luz”, editora ícone, página 110.

“ NÃO RECLAME: EU AVISEI!

Quem escolheu ser médium, já sabe!
O caminho é árduo, tortuoso e difícil, cheio de contratempos, desgostos e insatisfações.
É mais fácil receber do que doar. Porém, para o médium é ao contrário, e além de tudo será questionado, interrogado e mal visto quando não fizer ou disser “coisas” que agradem diretamente ao interessado.
Para todos quantos o vêem, tem você a obrigação de modificar tudo o que parece errado ao redor: onde houver ventos fortes para uma tempestade feroz, esperam de você a brisa mansa que vem do mar; do terremoto estrondoso que se aproxima, querem de você a tranqüilidade de um final de tarde feliz; da peste avassaladora, querem, a cura serena e duradoura; do prazer e bem geral, é de você que querem a renúncia, a paciência, a calma.
O princípio das coisas mediúnicas consiste em saber que ser médium não é nada fácil, não fica mais fácil e não se consegue nada fácil, é preciso muita luta, perseverança, esperança e confiança nas entidades e em si mesmo. As contrariedades são muitas, as satisfações quase que geralmente só são no íntimo de você mesmo.
O trabalho é árduo, duro e, por vezes, incompreensível até mesmo para você (médium), porém tão necessário quanto o ar que respira.
O trabalho é ponto de partida na caminhada mediúnica, o trabalho organizado, uma caminhada alcançada dentro dela.
Não é fácil ser médium por tudo isso, mas não reclame: eu avisei!
Agora saiba que nem todos tem ouvidos sensíveis para ouvir, visão clara de tudo que os rodeia nem conhecimento de um mundo melhor, e nem todos são portadores de contatos de amigos de dois mundos a lhe dar ensinamentos de vida em ambos.
E nem todos, acima de tudo, têm a satisfação de poder ter se sentido útil em cada trabalho realizado, porque é muito bom sentir a emoção de uma evolução após um trabalho seguido de outro e mais outro.
Além de tudo, porque é bom ser bom, assim ser um médium bom, e daí ser um bom médium.
Não agradeça: Eu avisei!”

CABOCLO 7 FLECHAS





REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

(1) XAVIER, FRANCISCO CÂNDIDO, BEZERRA CHICO E VOCÊ, ED.GEEM.
(2) ÍDEM
(3,4) MATTA E SILVA, W. W., LIÇÕES DE UMBANDA E QUIMBANDA NA PALAVRA D UM PRETO-VELHO, ED. ÍCONE, PÁG.78,79
(5) MATTA E SILVA,W. W., UMBANDA E O PODER DA MEDIUNIDADE, ED. ÍCONE, PÁG. 104,105,107,108.

A ORIGINALIDADE, SEGREDO DOS MESTRES

Homenagem ao Mestre Aramirim, que me sustém no caminhar desta Umbanda, e que representa essa linhagem dos antigos Mestres.

“Os antigos Mestres da vida
Eram profundamente identificados
Com as potências vivas do Cosmos.

Em sua profunda interioridade
Jaziam a grandeza e o poder
Da sua Dinâmica atividade.

Quem compreende, hoje em dia, esses homens?
Sábios eram eles,
Como barqueiros que cruzam um rio
Em pleno inverno;

Cautelosos eram eles,
Como homens circundados de inimigos;

Reservados eram eles,
Como se hóspedes fossem;

Amoldáveis eram eles,
Como gelo que se derrete;

Autênticos eram eles,
Como o cerne de madeira de lei;

Amplos eram eles,
Como vales abertos;

Impenetráveis eram eles,
Como águas turvas.

Impenetrável também nos parece
A sua vasta sabedoria.
Quem pode compreendê-la atualmente?
Quem pode restituir a vida
Ao que tão morto nos parece?

Só quem sintoniza com a alma do infinito!
Só quem não busca seu próprio ego,
Mas demanda o seu Eu real,
Mesmo quando tudo lhe falta.”


Texto extraído do Livro “Tao Te Ching”, de Lao Tsé, editora Martin Claret, página 53.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

OFERENDAS

Sabendo agradecer,saberá pedir...
Começar agradecendo é a chave para a harmonização, gratidão é tudo, porém algo sagrado irá nascer.


No cheiro, na cor e na força da Jurema, começamos nosso encontro com o elemento puro, a natureza divina.


As oferendas na Umbanda fazem parte dos preceitos ritualísticos e estão vinculados ao conceito de restituição, equilíbrio e movimentação das forças (axé).


Os elementos que compõem as oferendas são flores, ervas, velas, frutas, vegetais, grãos, água, bebidas, incensos, objetos específicos de cada entidade ou Orixás. Os símbolos ou formas são importantes para que possamos através dos olhos,centralizar nosso mental , direcionando assim nosso pensamento a um ponto, que manifesta a dinâmica das forças a serem movimentadas.


Os Umbandistas não são contra as oferendas, mas sim com o excesso delas.
Pois existem médiuns, que acreditam que só através de oferendas é que conseguirão seus objetivos e fazem disso com tanta frequência que acabam viciando nesta prática .
Bom saber que com uma simples oração, conseguiriam seu intuito, mas não conseguem por não estarem habituados às coisas simples e espiritualizadas.
É claro que em determinados casos é necessário, tudo deve ser medido, pesado, contado e bem pensado.


Um ritual de oferenda , é um ato de devoção que une o médium ao seu genitor divino, portanto como regra básica, a vigília.


Escolher dia do seu Orixá, numa hora tranquila, num espaço em que possa se sintonizar, sem interferências externas, tomar banho de ervas, usar vestimenta branca, defumar com ervas propiciatórias, recitar cânticos que conduzem seu mental a purificação interna, elemento singular é o pensamento, pois é através dele que acontece a transformação que renova as energias, purificando o sentimento.


"..Orixá... receba esta humilde oferenda dada com a totalidade de minha alma e revigora meu fisico, purifica meu sentimento e pensamento para que eu possa ser um perfeito veículo dos seus enviados..."


Ponto cantado:

...Desceu da sua Aruanda..
...na Luz do seu Orixá..
...vem salvar filho fé..
...que é lei no seu congá..
...bendita sua estrela..
...bendita sua sua beleza..
...bendita sua luz..
...que guiou até Jesus ..



Mensagem
Basta uma estrela para a Umbanda construir um par de asas espirituais
Basta uma flecha para a Umbanda lançar um ideal em torno do Planeta
Basta uma pemba para a Umbanda unir as dimensões da vida
Basta uma vela para a Umbanda iluminar o vale escuro
Basta um pedaço de chão para a Umbanda praticar a caridade
Basta um ponto cantado para a Umbanda nos levar a presença dos Orixás
Basta um grão de Fé para a Umbanda tampar a cratera do medo
Basta uma gota de esperança para a Umbanda criar um oásis no deserto do coração
Basta uma estrela para a Umbanda formar uma galáxia
Basta um médium para a Umbanda transmitir a energia de Olorum a todos que dela necessitam
Basta um olhar do Guia incorporado para a Umbanda formar uma existência
Basta um sorriso de um filho de Fé para a Umbanda refletir a Luz Divina


As pessoas felizes não são aquelas que tem o melhor de tudo,mas as que fazem o melhor de tudo o que tem ..
(mensagem do Caboclo Yguarantan)


Sandra da Zumbarandá

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A HIERARQUIA ESPIRITUAL

A Vibração Original tem Sete Orixás Principais não incorporantes e dirigentes de suas Sete Legiões. Estes têm como seus prepostos, 49 Orixás Chefes de Falanges e 343 Orixás Chefes de Subfalanges, que tomam seus nomes para dirigirem os demais componentes da Linha. Os componentes imediatos são classificados como Guias e Chefes de Agrupamentos e os outros, em sentido descendente, são chamados Protetores.


Os Orixás Intermediários de 1º Grau na função de Chefes de Legião são seres superiores que nunca passaram pela forma humana, portanto, nunca encarnaram.


Os Espíritos militantes da Lei de Umbanda só usam os mesmos nomes dos seus Chefes de Legiões, quando são, exclusivamente do 1º Plano, ou seja, até a função de Chefes de Subfalanges. Daí para baixo, não se pautam mais por esta regra, variando, embora, na mesma ligação afim.


Importante esclarecer que, por força do sincretismo, existe a associação dos Orixás com Santos Católicos, todavia, não se considera na Umbanda a chefia de uma Vibração (ou Linha) por parte destes Santos, tendo em vista que os Orixás existem desde o início dos tempos e os Santos Católicos viveram em sua maioria depois do advento do Cristo Jesus, conforme exemplo abaixo:

São Sebastião viveu pelo ano 250 D.C

São Jorge viveu pelo ano 280 D.C.

São Jerônimo viveu do ano 347 a 420 D.C


Contudo, alguns destes mártires do cristianismo de fato, ocupam uma função na Grande Lei de Umbanda, mas não com o qualificativo de Santo, mas com o qualificativo de Orixá Intermediário de 2º Grau, na função de Chefe de Falange.


Ocupar uma função, de forma alguma, constitui o marco inicial de formação destas linhas, já que estes “postos” são ocupados por tempo determinado, ainda que, referencialmente por milhares de anos, em relação ao tempo terreno.


Segundo Mestre Matta, os únicos que ele teve conhecimento, comprovados na identificação dos verdadeiros Sinais Riscados da Lei de Pemba, são as Entidades que se chamaram Jorge, Sebastião, Jerônimo, Miriam ou Maria de Nazaré, Cosme e Damião, identificados da seguinte forma:


São Jorge : projeta sua identificação como Ogum de Lei (a Justiça executante);

São Sebastião :projeta sua identificação como Caboclo Arranca Toco (em analogia com a árvore em que amarraram este mártir);

São Jerônimo :identifica-se como Xangô-Kaô (Kaô que dizer o éter do Céu, a pedra do Céu e ainda o Senhor que julga);

Maria de Nazaré :(aquela que teve a graça) identifica-se como a Cabocla Yara;

Cosme e Damião :(os puros, os iluminados pela bondade) identificam-se como os próprios Cosme e Damião;


Cada Linha ou hierarquia tem sete subdivisões ou planos dimensionais e assim sucessivamente, tendo entre si, um “entrelaçamento coordenado”, através de seus militantes afins, que se chamam intermediários diretos.


TEXTO CEDIDO PELA IRMÃ "PEQUENA DISCÍPULA DA RAIZ DE GUINÉ"

domingo, 5 de junho de 2011

UM DEDINHO DE PROSA COM O GUARDIÃO

"Tudo no Universo é diversidade, mas o que sai de dentro do Homem 'essência, coração, interior', chamem como quiserem, é Unidade, por isso é Deus".

Ensinamento passado pelo Sr. Exu Veludo das Almas, durante o Ritual do dia 04/06/11, o qual discorria sobre o "mundo" dos Orixás.

terça-feira, 10 de maio de 2011

QUANDO OS SÁBIOS SILENCIAM A IGNORÂNCIA PREDOMINA - PARTE II

Começo transcrevendo a carta do Capitão José Álvares Pessoa (Dirigente da Tenda São Jerônimo, uma das 7 Tendas que iniciaram com ordem do Caboclo das 7 Encruzilhadas) a W. W. da Matta e Silva, que se justifica no decorrer do texto.

“Meu ilustre e prezado confrade Sr. W. W. da Matta e Silva...

A leitura de “Umbanda de Todos Nós” – o magnífico livro que faltava ser escrito – proporcionou-me um grande prazer espiritual e é com a mais viva satisfação que venho trazer-lhe os meus parabéns pela sua obra, que será como um marco na história de nossa religião, e expressar-lhe os meus sentimentos de sincera gratidão pela gentileza com que me distinguiu, enviando-me um precioso exemplar.

“Umbanda de Todos Nós” não é só um livro; é o melhor que até hoje (1956) foi escrito sobre o assunto. Em cada uma de suas páginas revelam-se a inteligência, a cultura e a erudição de seu autor, que teve a felicidade, maior entre todas, de fazer falar a “Senhora da Luz Velada” ... tão incompreendida até mesmo pelos seus próprios adeptos que certamente se congratularão pela sua atitude de descerrar o véu que a ocultava.

Até hoje, quase nada se escreveu sobre a verdadeira Umbanda.

Na realidade muito se tem escrito, mas apenas sobre Candomblés e Macumbas e os próprios antropologistas, constantemente citados, como Nina Rodrigues, Edson Carneiro e outros, que se preocuparam com o assunto, escreveram sobre o que viram na Bahia, isto é, sobre o africanismo importado pelos escravos nos tempos da colônia, que nada tem a ver com a maravilhosa obra espiritual que se realiza nos terreiros de Umbanda do Rio de Janeiro, obra que data de mais ou menos 30 anos, empreendida pelo admirável espírito que dá o nome humilde de Caboclo das Sete Encruzilhadas que reformou os trabalhos da magia que comumente se faziam nos terreiros, purificando-os e transformando a magia negra, que então imperava quase absoluta, nesta magia que os Mestres Divinos classificam como a Ciência da Vida e da Morte.

O prezado confrade, com o seu admirável livro, conseguiu realizar uma obra de divulgação como nenhum outro escritor que o precedeu ainda havia feito. “ Umbanda de Todos Nós” será como a Bíblia, o livro clássico que todo Umbandista de fé consultará. As minhas palavras são inexpressivas para dar testemunho de uma obra de tão grande valor, que veio preencher uma lacuna, porque realmente um espírito altamente elucidado pôde afinal fixar em letra de forma as verdades eternas sobre a mais bela e a mais doce de todas as religiões, porque a mais humilde e a mais humana (...) (1)
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Não acho que W. W. da Matta e Silva precise realmente ser defendido, mas como sua memória e sua obra vem sendo atacada por pessoas revanchistas e oportunistas, nós que militamos nas areias descendentes da Tenda de Umbanda Oriental temos o dever discipular de não permitir o vilipêndio de tão bela doutrina.

Sabedor do que acontece nos bastidores da Umbanda, tenho a plena certeza do que estou dizendo, que o ataque ao Mestre Yapacani trata-se de revanchismo, porque de uns anos para cá bem depois da ida do Mestre para o além, criou-se duas anomalias, sendo uma interna e outra externa, as quais resolveram lutar pelos “palcos” umbandistas.

A anomalia interna está neutralizada, porque perdeu-se em sua própria vaidade, já a externa que na verdade começou como um clone, cresce como um câncer em nosso meio.

Literalmente o clone está tentando dizimar a matriz, porque é o único empecilho que encontra em seu caminho.

Em detrimento do caminho iniciático, da evolução templária e do processo Mestre x Discípulo, pelo caminho do curso mensal remunerado, onde em meros quatro meses alçam profanos aos “altos graus” da “magia”, dispensando a vivência templária e qualquer outro vínculo (Raiz).

Os discípulos do clone de hoje não viveram o início dessa história hilária, dou alguns exemplos:

[ Matta e Silva] – Yorimá / [o clone] – Yor – im - a, em seu livro da Capa Vermelha (não reeditado);

PARECIDO NÃO? COINCIDÊNCIA...

[Matta e Silva] – Orixá= Senhor da Luz / [o clone] - Orixá= Mestre de Luz;

Acho que a história tem que ser recontada para que alguns comecem a comparar, e descobrir que o vírus quer virar o corpo.

É deprimente ver hoje dizeres como os que transcrevo abaixo, do entrevistado pela Revista Caminho Espiritual, 16ª edição, Editora Minuano, páginas 6, 7, 8 e 9, com relação a Matta e Silva, do qual nem contemporâneo foi.

“ ... Revista: Apesar de ser um livro que nos dá uma visão geral da história da Umbanda, e de seus principais escritores, não encontrei nenhuma citação sobre o escritor e sacerdote W. W. da Matta e Silva, além de outros escritores e realizações importantes do nosso movimento. Por quê?

Entevistado: O foco, quando busquei resgatar os primeiros autores de Umbanda, era ir ao encontro e apresentar material que a maioria de nós não tem mais acesso. Estes primeiros autores que se tornaram desconhecidos na atualidade são:

Leal de Souza (1924), João de Freitas (1939), Waldemar Bento (1939, Primeiro Congresso de Umbanda – Vários Autores – (1941), Lourenço Braga (1941), Emanuel Zespo (1946), J. Dias Sobrinho (1949), Maria Toledo Palmer (1949), Oliveira Magno (1950), Silvio Pereira Maciel (1950), Tata Tancredo (1951), Byron de Freitas (1951), Aluízio Fontenele (1951), Yokaanam (1951), Florisbela Franco (1953), Samuel Ponze (1954), AB’D Ruanda (1954) entre outros que precederam W. W. da Matta e Silva, o qual surge em 1956 com a publicação de Umbanda de Todos Nós.

Confesso que fiquei em dúvida se deveria ou não escrever sobre ele. Fui à releitura de seus 9 títulos, buscando o que havia de novo em sua obra em comparação a todos estes autores citados. Talvez a postura do Da Matta com relação a todos os outros autores tenha sido decisiva. O tempo todo, em sua obra, ele desmerece todos os outros autores e desclassifica tudo que é diferente da “sua” “ Umbanda Esotérica” e do “AUMBANDÔ, no entanto, nem um nem outro conceito foi criado por ele. Não era novidade e muito menos de sua autoria o conceito original, ao qual ele reapresentou à sua maneira. Oliveira Magno já havia publicado um livro com o título Umbanda Esotérica e Iniciática (1950) e o Sr. Diamantino Coelho já havia apresentado a teoria do “AUMBANDÔ no Primeiro Congresso Nacional de Umbanda (1941), em nome da Tenda Espírita Mirim (Fundada em 1924). No entanto Da Matta não faz nenhuma citação a quem, de direito, lhe precedeu nas idéias, o que faz pensar que são todas idéias suas.

...Observei questões como o fato de que ele só reconhece a importância de Zélio de Moraes e Leal de Souza em 1978, na segunda edição de Umbanda e o Poder da mediunidade. Ainda assim, elogia para depois desclassificar, estes, entre outros, que muito trabalharam pela religião.

Busquei algumas de suas críticas às outras formas de se praticar a Umbanda e alguns de seus conceitos, como a apresentação de “Yori” e “Yorimá”, visivelmente colocados em substituição aos conhecidos orixás “Ibeji” e “Obaluayê” e Oxum e Iansã como caboclas de Iemanjá, a idéia de que sua “magia de pemba” e seu Ifá serem superiores às outras formas tradicionais de se realizar Ifá e magia de pemba; seu preconceito contra a mulher, que não podem ter a função de “ordenar, sagrar, sacramentar, preparar, iniciar, etc.” o que ressalta em alguns títulos como prerrogativa masculina. Logo, a mulher não pode nem deve ser sacerdotisa(...)

Seu título mais agressivo é Macumbas e Candomblés na Umbanda (Freitas Bastos, 2ª ed.) em que, além de críticas tradicionais, há traços de homofobia. Por exemplo, ao criticar Candomblé de Caboclo e Umbanda Popular vai desfiando as “características” dos mesmos em que ele afirma na página 93(...)

Talvez por afirmações como esta e outras piores, ainda este título não foi reeditado.

(...)Pedi um conselho ao Rubens (Saraceni), e este foi direto: “Se não lhe agrada retire do livro”. Aceitei o conselho de bom grado e consciência tranqüila, pois nem o Da Matta está entre os primeiros autores e nem sua obra está esgotada ou escassa.” (2)
__________________________

Meu Irmãos, porque estamos acuados?

Olha as acusações deste rapaz: plágio, preconceito contra a mulher, homofobia...

Nosso Grão Mestre não “bambeou” ao levantar sua espada para defender a Senhora da Luz Velada.

E nós? Estamos merecendo seus símbolos e entoar seus cânticos?

“Meu Congá pequenininho
corta demanda mansinho
O 7 _______ corta em cruz
Pai Guiné corta no pé.

SUA RAIZ É DE FORÇA

Acredite quem quiser
Quem lhe deu esse direito
Foi a Lei de Mikael.”

RAIZ DE GUINÉ...TEM ALGUÉM AÍ?


Obs: Não é uma mensagem de instigação à “batalha”, mas sim de despertar, pois o lobo está literalmente comendo as ovelhas, por falta de pastores.


Referências:

(1) Matta e Silva, W.W., Umbanda de Todos Nós, 9ª edição, editora Ícone, pág. 43,44 e 45.
(2) Revista Caminho Espiritual, 16ª edição, Editora Minuano, páginas 6, 7, 8 e 9.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

QUANDO OS SÁBIOS SILENCIAM A IGNORÂNCIA PREDOMINA

Leio Matta e Silva como se sua pena de fogo tivesse marcado os papéis recentemente, e não a décadas atrás, como realmente o foi, porque suas palavras são muito atuais. Não há dúvidas que somos milhares em nome da Lei de Umbanda, mas poucos realmente tem coragem de sair do seu recanto para enfrentar as intempéries que ainda assolam nosso meio, atrapalhando sua fluidez.

Pensando nisso me veio a idéia de iniciar um movimento em prol de nossa Umbanda, principalmente da querida Raiz de Guiné.

1º momento – fazer um levantamento dos Templos filiados e simpatizantes da Raiz de Guiné;

2º momento – elaborar um encontro nacional para que possamos nos confraternizar, e conversar sobre o momento atual umbandista, traçando metas para divulgar as obras e idéias de Mestre Yapacani, porque hoje há um movimento contrário, que age covardemente tentando apagá-las do meio para que outras possam ter espaço sem contestação.

Obs: importante salientar que em nenhum momento estou pensando de forma pessoal, e sim coletivamente, e quero com todo prazer dar os créditos aos nossos decanos, que não abandonaram seus juramentos iniciáticos.

Há poucos dias atrás li na página de um Irmão (www.umbandaeuniversalismo-umgritodealerta.blogspot.com) uma mensagem de uma entidade trevosa que dizia que pouco se preocupava com os médiuns umbandistas, porque eles já faziam o serviço por ele, então...

O que isto quer dizer?

Na minha opinião a nossa desunião é um grande trunfo para o baixo astral.

Encerro deixando que Matta e Silva fale sobre o assunto.


“...Somos ou não, VEÍCULOS dos Orixás, Guias e Protetores de uma só LEI com UMA só coordenação de sistemas e regras, Princípios e Fundamentos?

Se o somos, porque tememos situar os esclarecimentos que virão tirar dúvidas dos que anseiam por eles?

Que nos impede afirmarmos A UMA SÓ VOZ, as verdades que estes mesmos Orixás, Guias e Protetores, fazem questão de esclarecer? Será por excessiva modéstia, humildade? Talvez seja.

Todavia, desconfiamos de uma outra causa, de uma causa-máter, que faz todo movimento tendente a este fim morrer no nascedouro, pelo “pavor” que incute. Existe uma entidade, tremendamente forte, que impera na Umbanda, maior que todos os Exus juntos, que gera a vacilação dos umbandistas, aparelhos ou não, mola real que tolhe a consciência nas horas necessárias. Esta “entidade” chama-se “CABOCLO SUBCONSCIENTE”...

É ele quem causa o maior embaraço a qualquer união de pontos-de-vista, quando se quer situar diretrizes de “ cima para baixo”, porque faz-se acompanhar do irmão-gêmeo, que também não lhe fica atrás, conhecido como “CABOCLO VAIDADE”...

Mas, é imperioso que, nos tempos atuais, haja uma unificação de PONTOS-DE-VISTA e se coordene uma defesa comum aos ideais e aos Princípios da Religião de Umbanda, que não deve continuar sendo chafurdada, sob pena de considerar-se como tibieza (fraqueza,frouxidão) o “comodismo”de inúmeros de seus filhos diletos, perfeitamente capacitados a externarem a orientação das Entidades superiores militantes da Lei.

Urge que se faça uma “Declaração de princípios” a todo MEIO Umbandista, firmada pelos expoentes das Tendas e Cabanas interessadas, onde se exponham, com clareza e precisão, certas regras e sistemas que venham a servir como “pontos de identificação” a uma verdadeira Casa da Lei de Umbanda.

É necessário que se processem estes esclarecimentos aos de boa-fé, simpatizantes, adeptos, enfim a todos, para que se fique sabendo que todas essas coisas podem continuar “acontecendo ou não”; nada temos pessoalmente com elas, desde que o façam em seus nomes próprios, inerentes aos subplanos em que estão atuantes, porém, JAMAIS DEVEM SER CONFUNDIDAS COM AS REAIS EXPRESSÕES DA LEI DE UMBANDA.

NOTA: Conclamamos assim, em 1956. Até hoje (aquela data), nada fizeram para isso. Continua tudo como dantes.”(1)


(1) Matta e Silva,W.W.,Umbanda de Todos Nós, ed. Ícone, 9ª edição, pág. 50 e 51.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A ORIGEM DAS CORES DAS SETE VIBRAÇÕES

As Vibrações se expressam em ondas, portanto com comprimento, com freqüência e, por conseguinte, com cor.

As cores só se revelam quando existe luz incidindo sobre formas densas. Assim, os raios do Sol de cor neutra branca contêm em si mesmo todas as cores fundidas, formando o seu espectro, composto das sete cores que são a emanação global de sua constituição íntima mineral.

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Ao passar pelo prisma, a luz branca, se decompõe em outras cores. As três primeiras cores que se formam são as que conhecemos como cores primárias (indivisíveis) que são o AZUL, o AMARELO e o VERMELHO. Todas as outras se formam pela ação dessas três cores umas sobre as outras.

Assim como a luz do Sol, essa energia-mãe em seu processo de desdobramento decompõe-se primeiramente em três energias primárias que posteriormente por interações geram mais quatro energias que voltam a interagir entre si e entre as primárias gerando outras energias.

A decomposição da luz branca, sua expansão, assim se expressa nos 7 Orixás Ancestrais:


ORIXALA .. BRANCO
OGUM .. ALARANJADO (amarelo + vermelho)
OXOSSI .. AZUL
XANGO .. VERDE (azul + amarelo)
YORIMA .. LILAS (azul + vermelho)
YORI .. VERMELHO
YEMANJA .. AMARELO


TEXTO DE: "UMA PEQUENA DISCÍPULA DA RAIZ DE GUINÉ"

domingo, 17 de abril de 2011

Confraria Senhora da Luz Velada Templo de Umbanda Caboclo Oriaguaçú



As realidades individuais nada mais são do que níveis de percepção e consciência. Podemos olhar para um ponto, e esse mesmo ponto refletir vários níveis de entendimento, e cada nível de entendimento vai de acordo com uma sintonia consciencial. O reflexo desse grau de entendimento, nada mais é do que o nível de percepção do sagrado que vibra, no interior de cada indivíduo. Esta percepção é abalada, e desperta uma necessidade inerente a cada uma dessas realidades, a cada nível de entendimento do indivíduo na busca desse Sagrado. Essa busca ao Sagrado desperta caminhos diversos que traduz a luminosidade ou o obscurecimento desse estado de consciência.
Acontecendo o despertar para a busca do Sagrado nós caminhamos em uma direção específica, e esse caminho reflete a nossa luminosidade ou um estado eclipsado de consciência, ou seja, o nosso nível de entendimento. Então para alcançar o Sagrado, o caminho pode ser mais penoso, mais doloroso, ou um caminho mais suave, mais sutil e com alegria. Tudo depende das condições, da percepção dessa realidade consciencial com o que é o Sagrado.
O caminho para a busca do Sagrado deve ser interiorizado e não apenas um caminho externo, é um caminho que inicia no âmago, na alma, porque o Sagrado vibra no indivíduo, é inerente a ele, e esta vibração impulsiona a essência, transformando a forma, onde os valores materiais se tornam apenas necessário para a caminhada no mundo terreno, e a realidade dos valores morais, étnicos, espirituais e humanos são sentimentos que o faz sentir também Sagrado.
O caminho da forma nos leva ao caminho da essência. Esta transmutação, a transformação desse caminho com menos ou mais percepção espiritual, é condicional. Esta percepção espiritual reflete nos pensamentos, sentimentos e atitudes do indivíduo, traduzindo ao seu mundo exterior o estado do grau consciencial que se encontra. Essa busca pelo Sagrado e o estado de consciência do indivíduo são transformados a cada passo na formação dos valores e nos conceitos adquiridos no decorrer do seu caminhar no mundo das formas.
Essa condição de conceitos e valores é que determina o excesso ou a falta de luminosidade consciencial, é a percepção do ser que vai determinar como a forma será trabalhada.
O caminho na terra é a metáfora da forma e o caminho no espiritual é a metáfora da essência. A consciência do individuo está na busca de valores externos, os conceitos que são formados são direcionados pra fora. Então se revertermos esse caminho, fazendo a transmutação este poderá ser menos doloroso. Mas o que temos que ter consciência é que quanto mais transformarmos esse caminho, essa forma, com menos ou mais dor, tudo dependendo do grau de entendimento dessa realidade consciencial, mais chegaremos à essência. Logo, podemos afirmar então que chegar à essência é chegar ao Sagrado.
É necessário mudar a ótica, mudar o jeito de ver os processos da vida, é rever a busca dos valores, e os conceitos devem ser reformulados constantemente. Não podemos ter conceitos estáticos, eles devem ser mutáveis. Se conseguirmos transformar esses conceitos estáticos, se conseguirmos transformar a forma, a percepção interior vai brilhar mais, conseguiremos ter mais clareza do que se vê na transformação desse caminho, e assim vamos conseguir estarmos mais próximos à nossa essência, e vamos conseguir sentir o Sagrado, bem como, nos sentir Sagrado, vibrar no Sagrado e ter uma ação Sagrada.  
A finalidade da Espiritualidade (Movimento Umbandista, Movimento Budista, Movimento Taoísta, Movimento Católico, etc.) não é apenas combater as nossas posturas inferiores, mas sim de ser uma Escola de Trabalho de Restauração do Indivíduo, da Sociedade e do Mundo. Necessitamos mudar o modo de pensar, sentir e agir. Precisamos entender que se vibrarmos em baixas freqüências mentais, emocionais e concretizá-las na ação, estaremos em simbiose espiritual, em afinidade, em sintonia vibracional com desejos do submundo astral e do submundo físico.
  Diante desta afirmativa, percebemos que o Sagrado se apresenta em formas e linguagens diversas, ou seja, cultos ou rituais que mais falem à alma humana de acordo com os numerosíssimos graus de entendimento ou alcance espiritual (consciências encarnadas ou desencarnadas).
A Umbanda, que é uma Ciência – Filosofia, ou mesmo Religião, essencialmente calcada na luz, na lógica e nos princípios do Cristo Cósmico, tem o seu papel importante com a sociedade e o mundo.
Estamos em novos tempos, em tempos de renovação. Acreditamos que está havendo uma renovação de valores, sendo que os velhos estão sendo substituídos pelos novos, os quais darão novas diretrizes, calcados no bom senso, na lógica e na mais pura razão. Tenhamos paciência e tolerância, compreensão e esperança!
Pai Davilson
obs:  APRESENTADOR DO PROGRAMA ENCONTRO COM O SAGRADO, EXIBIDO AO VIVO TODAS AS SEXTAS FEIRAS ÀS 20:30 H, PELO SITE WWW.OSASCO.COM.BR.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

SENHORES DAS FORÇAS SUTIS

Os Orixás são os Senhores das Forças Sutis-Vitais, pois, na verdade, estas Forças Sutis são suas volições, seus poderes operantes vibracionais concretizados. Os Orixás, ao imprimirem suas vibrações no Universo Astral, fizeram-no na Energia, a qual foi adaptada a um ciclo e um ritmo que se concretizam nas Forças Sutis por Eles manipuladas. Então, os ciclos e ritmos vibracionais próprios da concretização no mundo das energia, fizeram surgir as Forças Sutis. 
As Forças Sutis ou Linhas de Força ou Correntes Energéticas da Natureza são sutis e vitais correntes de energia que interpenetram todo espaço cósmico, que tudo constroem, tudo formam, desde o átomo e suas partículas, até o mais complexo corpo celeste ou mesmo galáxias. Os efeitos diretos e próprios dessas Linhas de Força dão formação a aura eletromagnética dos próprios planetas. 
Portanto, se os Orixás são Senhores Vibracionais das Forças Sutis, por serem elas a concretização da vontade dos mesmos, tudo a que elas dão formação está sob as vibrações dos Orixás. 
Estas Forças Sutis são também conhecidas por Tatwas, sendo cinco inferiores e de pura energia astral e dois superiores e de pura energia mental. Cada um tem a sua tonica particular, porem se interpenetram.  
Cada um dos cinco inferiores: Akasa, Vayu, Tejas, Prithivi e Apas, domina a cada 24 minutos até fazer um ciclo rítmico de 2 horas, quando passam ora para a influencia SOLAR, ora para a influencia LUNAR, e assim sucessiva e indefinidamente. Os outros dois tatwas Upanadaka e Adi comandam os cinco inferiores, dentro dos 24 minutos de cada um, se revezando de 12 em 12 minutos.  
Estes tatwas ou forças elementais dão formação as suas correntes cósmicas nos quatro pontos cardeais e se cruzam sempre em um centro, como em cruz. 
Esse cruzamento ou junção se da de 2 em 2 horas e é quando impera o tatwa AKASA que manipula especialmente o elemento ETEREO ou os éteres vitais.
Do Norte vem O tatwa PRITHIVI, manipula especialmente o elemento que da formação aos sólidos, a TERRA.  
Do Sul vem o tatwa TEJAS que manipula especialmente o elemento IGNEO ou Fogo.  
Do Leste vem o tatwa VAYU que manipula especialmente os elementos AEREOS ou do AR.  
Do Oeste vem o tatwa APAS que manipula especialmente os elementos AQUOSOS ou líquidos (da água). 

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TEXTO DE : "UMA PEQUENA DISCÍPULA DA RAIZ DE PAI GUINÉ"




 Fontes Bibliográficas
  • MATTA E SILVA. W.W. Lições de Umbanda (e Quimbanda) na palavra de um “Preto Velho”. 6ª ed. rev. e ampl.  Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1995.

  • MATTA E SILVA. W.W. Mistérios e Práticas da Lei de Umbanda São Paulo: Ícone, 1999.

  • MATTA E SILVA. W.W. Umbanda de Todos Nós (a lei revelada). 7ª ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1992.

terça-feira, 12 de abril de 2011

A MÃE UMBANDA - UM TEXTO PARA REFLEXÃO

 
A Umbanda liberta!
Liberta as consciências adormecidas e embotadas em si mesmas.
Através do trabalho, impõe a responsabilidade aos seus filhos,
sobre o papel que desempenham perante a Espiritualidade Maior,
libertando-os da inércia. 
Retira a trave que impede o movimento da roda da evolução,
do crescimento espiritual e humano. 
A Umbanda alimenta!
Alimenta nossa carência na busca por nós mesmos,
na busca de nossa própria essência,
guardada na memória celular de nossa alma! 
Alimenta nossa sede de conhecimentos de nossa origem eternal
e de nosso papel atual no mundo. 
A Umbanda cura!
Ela nos cura de nossas mazelas e cicatriza nossas feridas.
Cura-nos de nossa lamentável capacidade de nos auto-obsediar
com tantos e tantos pensamentos e sentimentos menos nobres. 
A Umbanda nos acolhe!
Recebe-nos com os braços abertos, tal qual a mãe acolhe seus filhos.
Ela nos acalenta e nos ensina a caminhar melhor na vida. 
A Umbanda é fonte permanente,
é água abundante de Sabedoria, Força e Amor,
trazida por seus Emissários de Luz - Caboclos, Pretos Velhos e Crianças.
Mas, há que se estar receptivo para ser banhado por essa água cristalina e poder beber desta Fonte Sagrada. 
A Espiritualidade grita por nós!
E como vai a nossa capacidade de ouvir?
A Espiritualidade nos mostra, tantas vezes,
através de imagens mentais incutidas em nosso ser.
E como anda a nossa capacidade de ver?
A Espiritualidade nos envia energias restauradoras e benéficas
através de suas vibrações.
E como vai a nossa capacidade de sentir contatos mais sutis?
Por onde passeia nossa mente a maioria do tempo?
Quais os sentimentos que nosso coração consegue assimilar e reter?  Qual o tempo que dispomos para uma conexão com mundo espiritual? 
Assim como o corpo físico é o meio por onde se manifesta o espírito, também o terreiro de Umbanda é a parte física
por onde se manifesta a Espiritualidade.
Como estamos cuidando dessa casa?
Qual o nosso sentimento quando nos dirigimos para lá? 
Será que somos sempre cônscios da oportunidade ímpar
(e quantas vezes rara), de estar em contato
com os verdadeiros Guias, Mentores e Protetores Espirituais?
Será que temos uma leve noção de quem são 
estes verdadeiros Mensageiros do Alto? 
Temos honrado o compromisso assumido com o Astral Superior, com as nossas atitudes, aqui no Plano das Formas?
Será que ao término de um dia, de uma semana ou de um mês, saboreamos a sensação do “dever cumprido” perante os nossos Guias? 
Não basta QUERER SER, é preciso um vigiar constante
no nível de nossos pensamentos e sentimentos;
é preciso ação verdadeira e corajosa para deixar para trás
tudo aquilo que nos acorrenta e nos escraviza - nossos apegos,
nossa vaidade, nosso orgulho, nossos medos
e a nossa infinita capacidade de viver o efêmero de todas as coisas. 
Reflitamos nas sábias palavras de um Mestre da Sagrada Raiz de Guiné: 
“A Mãe Umbanda, exige méritos. Cobra verdadeiros cumpridores
das ordens vindas de cima, do Plano Astral.
Ela exige médiuns cônscios e responsáveis que sabem
que não se pode virar o Triângulo de Umbanda de cabeça para baixo sem pagar caro, mais hoje ou mais amanhã, 
pois que a LEI de Umbanda é LEI, e não uma simples regra.”
 

TEXTO DE: "PEQUENA DISCÍPULA DA RAIZ DE GUINÉ" 

quinta-feira, 7 de abril de 2011

OS 7 ORIXÁS - POR W. W. DA MATTA E SILVA


Há muita polêmica sobre o assunto, mas para a Umbanda Esotérica os Orixás são:

OXALÁ, OGUM, OXOSSI, XANGÔ, YORIMÁ, YORI, YEMANJÁ

Sete são as Vibrações Originais, que são as Faixas Vibratórias Originais e afins aos seres encarnados e desencarnados influentes sobre eles...

Houve uma adaptação à coletividade umbandista, pois essa já vinha dentro de certas práticas, invocando e aceitando algumas ditas como os Orixás do culto africano, dentro do sentido religioso ou místico e mesmo pela parte dos fenômenos cósmicos ou mediúnicos.

...Os espíritos mentores da Corrente Astral de Umbanda, concordaram na identificação de 5 termos representativos de Forças,conservado através dos séculos, pela tradição sacerdotal africana e cuja origem vem desde a remotíssima civilização Lemuriana...

Esses 5 termos Oxalá, Xangô, Oxossi, Ogum e Yemanjá... passaram a se identificar como as Faixas Vibratórias ou Linhas, sob as quais iriam ficar os espíritos, segundo o grau da afinidade e evolução, como Orixás Intermediários, Guias e Protetores.

Depois... completou-se com mais dois que estavam perdidos ou esquecidos... Esses nomes, que se identificaram também como as 2 Faixas Vibratórias que faltavam e que se completam as 7, são Yori e Yorimá... (1)

São as “exteriorizações” do Absoluto, não é “Ele em si”, vem Dele, São Dele, mas ainda não são Ele, Próprio...

Os 7 Espíritos de Deus coordenam essas vibrações que regem o movimento no Cosmos para todos os Sistemas Planetários... (2)

... Sete são realmente as Linhas da Lei de Umbanda, porque o 7  sempre foi, é e será cabalístico.

Vibração Original é o mesmo que se identificar, assim, a Força Vibratória e Cósmica de um Espírito ou Entidade Espiritual, que é Senhor de um ou de vários elementos Cósmicos e que está acima de Santos, Anjos, Arcanjos, etc..., é, enfim, uma Potência, uma Potestade.

Os 7 Orixás, ou seja, os 7 Espíritos Originais que, estendendo suas Faixas Vibratórias Espirituais sobre Legiões, Falanges, Agrupamentos de espíritos, por afinidade, formam as Linhas... Então, Linhas são nada mais nada menos do que: as Legiões, as Falanges, os Agrupamentos de seres, encarnados e desencarnados, que se movimentam sobre o beneplácito, a proteção ou a ordenação das Vibrações Espirituais dos Orixás...

Nos ensinamentos superiores do astral se aprende que essas 7 Potências para nós os 7 Orixás, que no conceito de outros sistemas filosóficos ou religiosos tomam nomes diversos, assim como Serafins, Querubins, bem como os Devas, os Pitris Lunares, os Manus da Teosofia ou do ocultismo indiano, são os 7 Supervisores Cármicos, Espirituais e Cósmicos de nosso sistema planetário... (3)

OXALÁ         - A luz do Senhor Deus
Mediador        - Gabarael (Gabriel)
Chakra          - Coronal
Cor               - Branco
Qualidade      - Paciência
Negatividade   - Ira

YEMANJÁ      - Princípio Duplo Gerante
Mediador        - Rafael
Chakra          - Frontal
Cor               - Amarelo
Qualidade      - Respeito
Negatividade   - Leviandade

XANGÔ         - O Dirigente das almas
Mediador        - Mikael
Chakra          - Cardíaco
Cor               - Verde
Qualidade      - Sabedoria
Negatividade   - Ignorância

OGUM           - O fogo sagrado
Mediador        - Samuel
Chakra          - Solar
Cor               - Laranja
Qualidade      - Altruísmo
Negatividade   - Egoísmo

OXOSSI         - Ação envolvente
Mediador        - Ismael
Chakra          - Esplênico
Cor               - Azul
Qualidade      - Prudência
Negatividade   - Imprudência

YORI             - A potência em ação da luz reinante
Mediador        - Yoriel
Chakra          - Cervical
Cor               - Vermelho
Qualidade      - Entendimento
Negatividade   - Medo

YORIMÁ        - Potência da palavra da lei
Mediador        - Yramael
Chakra          - Sacro
Cor               - Violeta
Qualidade      - Castidade
Negatividade   - Luxúria



Referência Bibliográfica

(1)   e (3) Matta e Silva, W. W. , Umbanda e Quimbanda na Palavra de um Preto Velho, ed. Ícone, pág. 29,30,35,36 e 37.

(2)   Matta e Silva, W.W. , Umbanda de Todos Nós, ed. Ícone, pág. 89.