O BERÇO DA UMBANDA
Como nosso Pai Oxalá veio ao mundo, a nossa Umbanda também nasceu entre os humildes não nos palácios, e nem nos templos de ouro.
Ela trouxe a pureza de seus ensinamentos, tendo como mote a caridade, servindo ao próximo com amor, atributo de nossos mentores espirituais na roupagem fluídica de "Crianças", ou seja, aonde tudo se inicia, é a nascente do rio.
Esse rio que vai crescendo em largura e comprimento, vai ganhando força pelo caminho que trilha, acrescendo a si as experiências da vida, vê pedras rolarem em suas cachoeiras, vê trovões e tempestades, vê o branco das nuvens, o azul do céu, o amarelo das flores, o laranja das belas borboletas, o verde das matas... (Esse é o nosso "Caboclo"), para desembocar num oceano de sabedorias, onde suas margens se perdem nos horizontes, e as barreiras do preconceito, da ignorância e da vaidade, deixam de existir, e assim a alma se acalma no toco do "Véio".
Exu! Exu! Exu! (invocado por três vezes) pode vir me buscar!
O ciclo está completo.
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Neste momento, em meio aos meus devaneios umbandísticos, penso em todos vocês trabalhadores corajosos do aqui e do acolá, que não esmureceram, e não esmurecem ao rebento das ondas.
Saravá, aos que se foram ao Orun (Pai Zélio, Pai Matta e Silva, Mãe Zilméia) e os que estão no Ayiê.
Virtude... deve ser nossa palavra e conduta Umbandista.
Chega de "terreiros feudos", pseudosábios e comandantes de última patente. Sejamos apenas filhos, desta, que é a Lei Maior.
Tomando emprestado a frase de W.W. da Matta e Silva..."... Umbanda, onde estão teus filhos?..."
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Fraternal abraço.
Rogério
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