“...bem aventurados aqueles que se entregam ao serviço do bem, como a semente humilde na obscuridade da terra. O Pai enriquece-lhes as mãos de alegrias e bênçãos, como enriquece os ramos verdes das árvores de flores e frutos.” (1)
“Consagraste o coração ao ministério bendito com Jesus e esperamos que os espinhos da senda produzam flores para a tua fé renovadora e vibrante e que as pedras da estrada se convertam, ao toque de tua compreensão e de tua boa vontade, em sublime pão do espírito.
Em verdade , a sementeira e a seara são infinitas. Cada setor reclama mil braços e cada leira exige devotamento e vigilância; entretanto, um discípulo somente, que se afeiçoe ao Mestre, pode realizar os milagres do amor e da caridade por onde passe, acordando corações para o serviço redentor.
Não nos cansemos, pois, na dedicação com que nos devotamos ao apostolado da renunciação.” (2) - BEZERRA DE MENEZES
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Breves trechos da Obra de Matta e Silva falando de mediunidade:
“Pai Guiné: ... A mediunidade é uma dupla condição especial, dada ou facultada ao espírito que vai encarnar (sob a forma masculina ou feminina), antes e durante a gestação, e nunca depois. Só se revela aquilo que já trazia em si. E essa mediunidade ou faculdade, posso definir como um selo mediúnico, conferido ou impresso em bem poucas criaturas...” (3)
“Pai Guiné: ... a mediunidade não deve ser encarada como uma graça súbita, que o indivíduo recebe, manifestando-se sobre seu espírito e seu organismo, sem que estes tenham sido “manipulados” antes, nas condições morais energéticas, para receber um acréscimo de fluidos vitais e apropriados à manifestação da dita mediunidade...” (4)
“ ...ser um médium de Umbanda, isto é, veículo dos espíritos de caboclos, pretos-velhos e outros de dentro da faixa, é uma condição excepcional, por ser, por sua vez, conseqüência de uma escolha especial, feita no plano astral antes mesmo de o espírito encarnar...
E essa escolha especial é feita de acordo com vários fatores de ordem astromagnética (isto e, de um processo apropriado sobre o corpo astral do ser que vai levar a faculdade mediúnica) ou energética e por uma seriação de ligações morais-espirituais, envolvendo também determinadas aquisições, débitos e inclinações; enfim, por um conjunto de ligações cármicas-afins com essa citada Corrente de Umbanda, quer no plano superior, quer no médio e no inferior, dos desencarnados e dos encarnados...
Porque uma criatura pode ser médium, seja lá de que modalidade for, inclusive, é claro, de incorporação, de outras correntes ou setores, porém, esse dom não a condiciona a se transformar num veículo próprio dos espíritos de caboclos e pretos-velhos, crianças e muito menos de exu... espíritos esses que têm por função mediúnica exclusiva militar na Corrente de Umbanda e sobre aparelhos pré escolhidos, desde quando desencarnados...
...o mediunato mesmo, isto é, a missão providencial, especial, com ordens e direitos de trabalho mágicos ou de magia dentro da Umbanda, só é conferido a médium do sexo masculino...
...Porque somente o médium masculino tem condições vibratórias para operar na Magia, em face dos elementos de ligação e de força que os espíritos de caboclos, pretos-velhos, exus e outros põem em ação, através de sua mediunidade, tendo em vista os inevitáveis entrechoques do astral inferior, que esse mesmo médium foi preparado para enfrentar, devido à sua própria natureza vibratória de elemento masculino...
Todavia, com isso não queremos dizer que, ao elemento feminino tenha sido negada a condição de ser médium de Umbanda dos caboclos, pretos-velhos ...
A condição de ser também veículo dos espíritos de caboclos, pretos-velhos e outros a ela foi dada, porém como auxiliar, nunca na posição especial de comando vibratório igual ao do homem, em face das injunções de sua própria natureza feminina, sujeita, muito mais, à vaidade, à versatilidade, à excessiva imaginação, sobretudo passiva de sua vibração em relação com o fluxo mensal e à influência da Lua.
Os verdadeiros médiuns da Corrente Astral de Umbanda, que foram surgindo desde que ela iniciou seu movimento propriamente dito sobre o Brasil e por dentro dos cultos afro-brasileiros, tem que ser, forçosamente, enquadrados nestas três categorias: A) os de carma probatório ou de simples função mediúnica-auxiliar; B) os de carma evolutivo ou dentro do mediunato, ou seja, de uma missão providencial, salvadora; C) os de carma missionário ou dentro do duplo aspecto – o do mediunato e do grau de médium magista...
...Na categoria A pode-se enquadrar a maioria dos médiuns que surgiram até o momento.” (5)
continua numa próxima publicação...
Para finalizar...
Mensagem do Caboclo 7 Flechas ao médium Itaçuan (Wilson), livro “Umbanda é Luz”, editora ícone, página 110.
“ NÃO RECLAME: EU AVISEI!
Quem escolheu ser médium, já sabe!
O caminho é árduo, tortuoso e difícil, cheio de contratempos, desgostos e insatisfações.
É mais fácil receber do que doar. Porém, para o médium é ao contrário, e além de tudo será questionado, interrogado e mal visto quando não fizer ou disser “coisas” que agradem diretamente ao interessado.
Para todos quantos o vêem, tem você a obrigação de modificar tudo o que parece errado ao redor: onde houver ventos fortes para uma tempestade feroz, esperam de você a brisa mansa que vem do mar; do terremoto estrondoso que se aproxima, querem de você a tranqüilidade de um final de tarde feliz; da peste avassaladora, querem, a cura serena e duradoura; do prazer e bem geral, é de você que querem a renúncia, a paciência, a calma.
O princípio das coisas mediúnicas consiste em saber que ser médium não é nada fácil, não fica mais fácil e não se consegue nada fácil, é preciso muita luta, perseverança, esperança e confiança nas entidades e em si mesmo. As contrariedades são muitas, as satisfações quase que geralmente só são no íntimo de você mesmo.
O trabalho é árduo, duro e, por vezes, incompreensível até mesmo para você (médium), porém tão necessário quanto o ar que respira.
O trabalho é ponto de partida na caminhada mediúnica, o trabalho organizado, uma caminhada alcançada dentro dela.
Não é fácil ser médium por tudo isso, mas não reclame: eu avisei!
Agora saiba que nem todos tem ouvidos sensíveis para ouvir, visão clara de tudo que os rodeia nem conhecimento de um mundo melhor, e nem todos são portadores de contatos de amigos de dois mundos a lhe dar ensinamentos de vida em ambos.
E nem todos, acima de tudo, têm a satisfação de poder ter se sentido útil em cada trabalho realizado, porque é muito bom sentir a emoção de uma evolução após um trabalho seguido de outro e mais outro.
Além de tudo, porque é bom ser bom, assim ser um médium bom, e daí ser um bom médium.
Não agradeça: Eu avisei!”
CABOCLO 7 FLECHAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
(1) XAVIER, FRANCISCO CÂNDIDO, BEZERRA CHICO E VOCÊ, ED.GEEM.
(2) ÍDEM
(3,4) MATTA E SILVA, W. W., LIÇÕES DE UMBANDA E QUIMBANDA NA PALAVRA D UM PRETO-VELHO, ED. ÍCONE, PÁG.78,79
(5) MATTA E SILVA,W. W., UMBANDA E O PODER DA MEDIUNIDADE, ED. ÍCONE, PÁG. 104,105,107,108.
IN MEMORIAN A W. W. DA MATTA E SILVA (YAPACANI), A ESPADA DE MIKAEL, QUE ESTREMECEU, E CONTINUA ESTREMECENDO OS VILIPENDIADORES DA UMBANDA.
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domingo, 31 de julho de 2011
A ORIGINALIDADE, SEGREDO DOS MESTRES
Homenagem ao Mestre Aramirim, que me sustém no caminhar desta Umbanda, e que representa essa linhagem dos antigos Mestres.
“Os antigos Mestres da vida
Eram profundamente identificados
Com as potências vivas do Cosmos.
Em sua profunda interioridade
Jaziam a grandeza e o poder
Da sua Dinâmica atividade.
Quem compreende, hoje em dia, esses homens?
Sábios eram eles,
Como barqueiros que cruzam um rio
Em pleno inverno;
Cautelosos eram eles,
Como homens circundados de inimigos;
Reservados eram eles,
Como se hóspedes fossem;
Amoldáveis eram eles,
Como gelo que se derrete;
Autênticos eram eles,
Como o cerne de madeira de lei;
Amplos eram eles,
Como vales abertos;
Impenetráveis eram eles,
Como águas turvas.
Impenetrável também nos parece
A sua vasta sabedoria.
Quem pode compreendê-la atualmente?
Quem pode restituir a vida
Ao que tão morto nos parece?
Só quem sintoniza com a alma do infinito!
Só quem não busca seu próprio ego,
Mas demanda o seu Eu real,
Mesmo quando tudo lhe falta.”
Texto extraído do Livro “Tao Te Ching”, de Lao Tsé, editora Martin Claret, página 53.
“Os antigos Mestres da vida
Eram profundamente identificados
Com as potências vivas do Cosmos.
Em sua profunda interioridade
Jaziam a grandeza e o poder
Da sua Dinâmica atividade.
Quem compreende, hoje em dia, esses homens?
Sábios eram eles,
Como barqueiros que cruzam um rio
Em pleno inverno;
Cautelosos eram eles,
Como homens circundados de inimigos;
Reservados eram eles,
Como se hóspedes fossem;
Amoldáveis eram eles,
Como gelo que se derrete;
Autênticos eram eles,
Como o cerne de madeira de lei;
Amplos eram eles,
Como vales abertos;
Impenetráveis eram eles,
Como águas turvas.
Impenetrável também nos parece
A sua vasta sabedoria.
Quem pode compreendê-la atualmente?
Quem pode restituir a vida
Ao que tão morto nos parece?
Só quem sintoniza com a alma do infinito!
Só quem não busca seu próprio ego,
Mas demanda o seu Eu real,
Mesmo quando tudo lhe falta.”
Texto extraído do Livro “Tao Te Ching”, de Lao Tsé, editora Martin Claret, página 53.
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